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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DESABROCHAR DE UMA FERA



E derrepente uma lágrima surgiu, a lembrança das tempestades passadas me fez entrar em desespero. Raios e trovões tomaram conta de minha mente. Sem pestanejar, permiti que a roupa deslizasse pra longe do meu corpo e o mesmo se pôs sob a enxurrada de uma ducha quente. Não sei quanto tempo durou, mas senti cada gota d'água acariciar minha pele e me trazer a tona a fera adormecida chamada mulher.


Naquele breve e interminável instante lembrei-me de todos os amantes que tive, em todas as bocas que beijei, e a tempestade que outrora me rasgava em revolta se transformara em vulcão em fúria. Deslizei gentilmente as mãos por cada milímetro do meu ser até que em certo instante redescobri você.


Pulsante, vívida e sedenta de mais prazer. Suspirei, afogada em arrepios e grunidos, o coração saltando pela boca, não me contive! Sim, não me contive. Me amei como nunca. Invadi-me por e como jamais um outro ser ousou fazer. Contorções e espasmos, gemidos e tomara que ninguém me ouça, mas melhor amante nunca tive.


As pernas tremiam, a respiração ainda acelerada, eu sem entender nada, mas me sentindo feliz. Enrolei-me em macia toalha, tomei um trago, fumei um cigarro e adormeci.


por:Arthemise

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