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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DESABROCHAR DE UMA FERA



E derrepente uma lágrima surgiu, a lembrança das tempestades passadas me fez entrar em desespero. Raios e trovões tomaram conta de minha mente. Sem pestanejar, permiti que a roupa deslizasse pra longe do meu corpo e o mesmo se pôs sob a enxurrada de uma ducha quente. Não sei quanto tempo durou, mas senti cada gota d'água acariciar minha pele e me trazer a tona a fera adormecida chamada mulher.


Naquele breve e interminável instante lembrei-me de todos os amantes que tive, em todas as bocas que beijei, e a tempestade que outrora me rasgava em revolta se transformara em vulcão em fúria. Deslizei gentilmente as mãos por cada milímetro do meu ser até que em certo instante redescobri você.


Pulsante, vívida e sedenta de mais prazer. Suspirei, afogada em arrepios e grunidos, o coração saltando pela boca, não me contive! Sim, não me contive. Me amei como nunca. Invadi-me por e como jamais um outro ser ousou fazer. Contorções e espasmos, gemidos e tomara que ninguém me ouça, mas melhor amante nunca tive.


As pernas tremiam, a respiração ainda acelerada, eu sem entender nada, mas me sentindo feliz. Enrolei-me em macia toalha, tomei um trago, fumei um cigarro e adormeci.


por:Arthemise

domingo, 8 de agosto de 2010

Poesia e Magia não rimam a toa...

Poesia Pura

"A poesia pura? Coisa tão impossível como a imaginação pura.
Ambas se compõem de resíduos,detritos,restos de maré vazante...
Mas sabe lá o que pode um mágico extrair daí!
E a imponente,luzente cartola desses prestidigitadores de palco é apenas um pobre símbolo da maravilhosa lata de lixo dos Grandes e Verdadeiros Magos."
(Mário Quintana)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Inquietude

" Não sei quantas almas tenho.


Cada momento mudei.

Continuamente me estranho.

Nunca me vi nem acabei.

De tanto ser, só tenho alma.

Quem tem alma não tem calma."

(Fernando Pessoa)

WICCAS & BRUXAS - Arlete Funaro

Sem poesia não há filosofia


BACANAL
Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco...
Evoé Baco!
 
Lá se me parte alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhar em doudo assomo...
Evoé Momo!
 
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos...
Evoé Vênus!
 
Se perguntarem: Que mais queres,
Além de versos e mulheres?...
-Vinhos!...o vinho que é o meu fraco!...
Evoé Baco!
 
 O alfange rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que eu não domo!...
Evoé Momo!
 
A Lira etérea, a grande  Lira!...
Por que eu extático desfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Vênus!
(Manuel Bandeira) 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Visitando outros Cabarés...rs

"No cabaré, toda prostituição é filosófica. Prostituir-se pedagogicamente é o ponto-médio de toda filosofia.
Minhas meninas sempre souberam disso; eu é que estou aprendendo."

In http://cabare-voltaire.blogspot.com/

Adooooro!!!

Adoro reticências "..." Cabe um universo dentro delas!!!! (Cristal Morrighan)

Cortem-lhes as cabeças!!!!

 Hoje acordei meio Rainha de Copas...

_ Cortem-lhes as cabeças!!!!!

Abrindo os trabalhos de nosso Cabaré... poesia


Cravos Vermelhos

(Florbela Espanca)


Bocas rubras de chama a palpitar

Onde fostes buscar a cor, o tom,

Esse perfume doido a esvoaçar

Esse perfume capitoso e bom?!


Sois volúpia em flor! Ó gargalhadas

Doidas de luz, ó almas feitas de risos!

Donde vem essa cor,ó desvairadas,

Lindas flores d'esculturais sorrisos?!

...